Na reunião desta quarta-feira (31/7), o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), anunciou a manutenção da taxa Selic em 10,50% ao ano, dando continuidade à política monetária contracionista. A decisão foi justificada pela alta nas expectativas de inflação, pela desvalorização cambial e pelas incertezas com relação às contas públicas.
A manutenção da política monetária em patamar restritivo, sem a sinalização de futuros cortes na taxa de juros, coloca em alerta os agentes econômicos. Nesse contexto, a capacidade produtiva é diretamente afetada, e os impactos são sentidos de forma sistêmica.
O cenário de juros elevados impõe desafios significativos para a indústria, que vão desde a limitação da capacidade de investimento até a redução da competitividade. Esses fatores, combinados, desestimulam o investimento e afetam negativamente o crescimento econômico, a geração de emprego e a renda da população.
A FIEMG expressa sua profunda consternação com a postura do Copom, enfatizando que a realidade econômica brasileira exige medidas assertivas. As empresas enfrentam obstáculos praticamente intransponíveis para obter acesso ao crédito, e a manutenção da taxa de juros em níveis elevados torna esse acesso ainda mais restrito.
A FIEMG defende a necessidade da retomada nos cortes da taxa de juros para promover o desenvolvimento econômico sustentável, estimular investimentos e fortalecer o setor produtivo nacional. É intolerável a manutenção da Selic neste patamar, e cortes nos juros se tornam não apenas urgentes, mas vitais para criar um ambiente mais favorável ao desenvolvimento econômico e social do país.
Por Gerência de Estudos Econômicos da FIEMG