A indústria de Minas Gerais demonstrou resiliência ao longo do primeiro semestre de 2025, apesar da queda no faturamento e dos indicadores relativos ao mercado de trabalho. É o que revela a mais recente edição da pesquisa FIEMG INDEX, divulgada nesta quarta-feira pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG).
Apesar de um cenário macroeconômico desafiador, a indústria mineira manteve um desempenho positivo no acumulado do ano, com destaque para a demanda interna aquecida e a taxa de desemprego em níveis historicamente baixos. No entanto, os dados de junho apontam sinais de desaceleração.
O faturamento da indústria geral, que engloba os segmentos extrativo e de transformação, recuou 0,5% em relação a maio, registrando o segundo mês consecutivo de queda. A retração foi puxada, principalmente, pela redução de pedidos em carteira nas empresas do setor extrativo.
Por outro lado, a atividade industrial mostrou fôlego em outros indicadores. As horas trabalhadas na produção cresceram 2,4%, e a utilização da capacidade instalada avançou 2,7 pontos percentuais, passando de 81% em maio para 83,7% em junho.
No mercado de trabalho, o emprego registrou a primeira queda em mais de um ano, com recuo de 0,5%. A redução de pessoal impactou diretamente a massa salarial real, que caiu 1,1%, e o rendimento médio real, que recuou 1,0%.
O cenário para os próximos meses exige atenção. A política monetária segue contracionista e sem perspectiva de flexibilização no curto prazo. Além disso, o espaço para estímulos fiscais permanece limitado diante das preocupações com a sustentabilidade das contas públicas. No ambiente internacional, as incertezas também se ampliam, com destaque para a imposição de tarifas adicionais às exportações brasileiras pelos Estados Unidos e a desaceleração da economia chinesa.
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Imprensa FIEMG