
A Conferência Regional do Trabalho etapa livre Centro-Oeste foi realizada na manhã de ontem (04), na sede da FIEMG Regional Centro-Oeste, em Divinópolis. Com interlocução do Superintendente do Trabalho e Emprego em Minas, Carlos Callazans, o presidente da FIEMG RCO, Eduardo Soares, abriu as portas da Casa da Indústria para fortalecer o diálogo entre as partes e ampliar o debate acerca da distribuição de emprego e renda no país.
“A Federação entende que o diálogo entre Poder Público, entidades de classe, setor empresarial e a classe trabalhadora é essencial para se pensar uma agenda voltada à valorização do trabalho e aos direitos trabalhistas como forma de promover o desenvolvimento socioeconômico”, enfatizou Eduardo Soares.

O evento tem como objetivo discutir e propor políticas públicas voltadas à geração de emprego e à promoção do trabalho decente, considerando as transformações em curso no mundo do trabalho. As etapas regionais levantarão demandas que serão apresentadas na Conferência Nacional, programada para março de 2026, em São Paulo. A participação será estruturada de forma tripartite e paritária, com representação equilibrada de trabalhadores, empregadores e governo, seguindo os princípios da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Diversas lideranças estiveram presentes, entre elas, a vice-prefeita de Divinópolis, Janete Aparecida, o vereador, Vitor Costa, representantes de sindicatos patronais e dos trabalhadores de diversos segmentos e Sines de cidades da região. De acordo com a vice-prefeita, o debate sobre emprego e renda deve estar acima de questões partidárias. “É preciso enxergar a questão do emprego como política pública, como uma forma de mudar a vida dos trabalhadores”, enfatizou.


Divinópolis é a 10ª cidade a receber a Conferência que vai percorrer os principais municípios de Minas dialogando com Prefeituras, Sines locais, representantes de classe, empregadores e trabalhadores. A proposta é entender o cenário da empregabilidade, seja na indústria, comércio ou serviços, levantar carências, desafios e oportunidades que serão apresentadas na Conferência Nacional.
Para o Superintendente, dentre as diversas questões que precisam ser pensadas para aprimorar as políticas públicas de emprego, a qualificação da mão de obra e a valor do trabalho merecem destaque. “É preciso ouvir todos os atores envolvidos e pensar no país e na construção coletiva. Políticas públicas de emprego e renda não são pautas partidárias, é pensar o rumo de planejamento, com construção política e, assim, melhorar a vida das pessoas”, enfatizou Callazans.